O que será o sofrimento senão a não aceitação da condição em que o ser se encontra?
Não será o total desempoderamento a verdadeira causa de sofrimento?
Ou a constatação de indicadores que levam a um fim não pretendido!
Será esta a manifestação emocional de clivagem entre o verdadeiro seu propósito e o incorreto uso do livre arbítrio?
Quando o ser se encontra alinhado com a sua função original gera-se um estado sublime de bênção que expande o coração e amplia o alcance do seu forte campo magnético.
Na realidade o coração tem literalmente uma mente própria. Com cerca de 40 mil neurónios o coração tem um sistema nervoso que funciona independentemente do cérebro. O termo técnico para designar este sistema é o Sistema Nervoso Cardíaco Intrínseco, mais conhecido como cérebro do coração.
O nosso ritmo cardíaco afeta as memórias e respostas emocionais que produzimos. Quando o coração entra em coerência atua como um amplificador, enviando informação coerente através das suas vias nervosas aferentes diretamente para o tálamo, que sincroniza o neocórtex e os centros de sobrevivência do cérebro.
O conjunto coração mente é responsável pela formação e manifestação do campo energético do ser levando-o, desta forma, a atrair tudo o que se encontra compatível dentro do padrão da sua ressonância.
Curioso é de reparar que o padrão gerado pelo ser encontra o seu correspondente na manifestação do padrão terreno, correspondendo igualmente à manifestação do padrão galáctico. Todos em forma toroidal. Se assim é, não gerará um estado do ser uma clara difusão por toda esta linha de padrões quanticamente entrelaçados?
Se assim for, não será da responsabilidade do ser a máxima elevação do seu padrão, para não só a persecução dos seus ideais mas também a sublimação de todo este intricado complexo?
Só por estes motivos deveria haver prioridade máxima do ser a escalada aos himalaias do júbilo. Mas porque será então que se vê enredado na amargura do calvário? Talvez a desresponsabilização pelas causas do tormento seja motivo de tão grande suplício.
A alienação da responsabilidade leva ao abismo da procrastinação, em que o ser permanece no adiar do seu salto de fé, arrastando-se pelas ruas da sobrevivência com pesar no coração.
Este estado de programação, em registo milenar, é uma inscrição cultivada no inconsciente coletivo, conducente a um desempoderamento do ser.
Por pouca história que a nossa visão abranja, não será fácil observar que sempre assenta em princípios guerreiros, predadores, vilipendiosos, ou destruidores de glórias passadas?
Encontre-se um histórico relato que conflito ou infortúnio não inclua. Ou desprovido de uma egóica e distorcida visão de consciência tribal! Se impossível o for terá aqui o ser uma visão mais clara do véu que poderá toldar a razão do seu entendimento, propiciando, em analogia, uma sofrida visão da vida.
Qual será o momento ou importância maior da existência, para uma mãe, senão o dar à luz um novo ser?
Qual será o estado de maior conexão e amor senão quando da mais arrebatada paixão do ser?
Qual será afinal o sentimento máximo que montanhas fará mover?
É para esse sentimento e dignidade que o ser existe, com a finalidade do encontrar e o expressar. Todos nascemos magníficos, sem um poder maior para nos castigar. Puniria uma mãe, plena de amor, o seu gatinhante, terno e inocente filho? Ou rodeá-lo-ia com o seu amor incondicional aquando da sua mágoa?
O único e máximo castigador encontra-se no interior de cada um, munido dos juízos mais ásperos, programados na sua existência. Cabe ao ser libertar-se do seu cárcere e recuperar todo o seu esplendor, abrindo mão dos limitadores conceitos do sofrimento. A análise profunda revelará que meramente são muralhas construídas em torno do pensamento. Com a queda destas barreiras e restabelecimento do campo energético, a sua contribuição será ímpar na elevação do padrão comum